Prefeito: Rigo Alberto Telis De Sousa
Aniversário Prefeito: 08/06
Endereço: RUA ISAAC MARTINS, 297 TRIZIDELA \ CENTRO \ CEP: 65950000
Telefone:
Aniversário Municipio: 03/05
Website:www.barradocorda.ma.gov.br
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Pouco se sabe com absoluta certeza a respeito do povoamento do território do atual Município. Segundo versão das mais antigas, considera-se como fundador de Barra do Corda o cearense Manoel Rodrigues de Melo Uchoa.
O território constituía domínio de tribos canelas, do tronco dos gês e guajajaras, da linha Tupi. Nos anos que se seguiram à Independência, Melo Uchoa, por questões de família, foi ter a Riachão, no Estado do Maranhão. Em suas viagens a São Luís, estabeleceu boas relações de amizade com cidadãos de prol, entre os quais o Cônego Machado. Orientado por este, ao que parece, foi levado a escolher um local, entre a Chapada, hoje Grajaú, e Pastos Bons, para lançar as bases de uma povoação, ou mesmo com finalidades políticas, para evitar que os eleitores dispersos na região tivessem que percorrer grandes distâncias.
Em 1835, impondo a si e a sua própria família os maiores sacrifícios, Melo Uchoa embrenhava-se na mata, por muito tempo, acompanhado apenas de um escravo e, mais tarde, por alguns índios canelas, chamados “mateiros”. Melo Uchoa, por certo margeou o rio Corda, ou “das Cordas”, até a sua embocadura, chegando ao local que escolheu para fundar a nova cidade, atendendo não só às condições topográficas como as comodidades relativas ao suprimento de água potável e ainda à possibilidade de navegação fluvial até São Luís.
Sua esposa, D. Hermínia Francisca Felizarda Rodrigues da Cunha, fazendo-se acompanhar de seu compadre Sebastião Aguiar, foi a sua procura, viajando até a fazenda “Consolação”, onde, devido ao adiantado estado de gestação em que se encontrava, viu-se obrigada a permanecer; Sebastião Aguiar ordenou ao escravo Antônio Mulato que prosseguisse na busca de Uchoa. O encontro não tardou muito e, em breve, estavam todos reunidos. Melo Uchoa relatou suas aventuras, informando sobre a planície cortada por dois rios, considerando-a o lugar apropriado para a povoação desejada.
Ao dar sua esposa à luz uma menina, Melo Uchoa exclamou: “Feliz é a época que atravesso. A providência acaba de me agraciar com duas filhas risonhas e diletas - a Altina Tereza e a futura cidade, que edificarei”. Ao voltar ao local onde pretendia construir a nova cidade, já agora acompanhado de sua família, alguns amigos e índios, levantou um esboço topográfico, detalhando os contornos da última curva do Corda e mais acidentes locais. Mais tarde, levou o “croquis” ao conhecimento do Presidente da Província, Antônio Pedro da Costa Ferreira, por intermédio de outro prestimoso amigo, o Desembargador Vieira. Assim teve início a fundação de Barra do Corda, em 1835.
Melo Uchoa tinha o posto de Tenente de Primeira Linha e foi precursor da abertura de estradas e da proteção aos índios, no século passado, sendo o primeiro encarregado desse serviço. Construiu a primeira estrada entre Barra do Corda e Pedreiras, com 240 quilômetros de extensão. Faleceu paupérrimo, em Barra do Corda, segundo consta, em 7 de setembro de 1866, deixando sete filhos.
Colaborando com o fundador, após sua morte, empenharam-se no desenvolvimento de Barra do Corda, entre outros, Abdias Neves, Frederico Souza Melo Albuquerque, Isaac Martins, Frederico Figueira Fortunato Fialho, Anibal Nogueira, Vicente Reverdoza e Manoel Raimundo Maciel Parente.
Este último, um dos baluartes do desenvolvimento de Barra do Corda, é considerado, por alguns, como o seu fundador, mas é fora de dúvida que tal prerrogativa pertence a Melo Uchoa que tem seu nome na principal praça da cidade, num povoado e na maior aldeia de índios guajajaras.
O território do Município recebeu sucessivamente as denominações de Missões, Vila de Santa Cruz, Santa Cruz da Barra do Corda e Barra do Rio das Cordas. Fato de grande repercussão ligado à história do Município foi o massacre da colônia Alto Alegre pelos índios, em 13 de março de 1901, no qual pereceram mais de 200 pessoas, entre as quais frades e freiras. Mais recentemente teve Barra do Corda sua vida conturbada por ocasião dos movimentos revolucionários de 1924 e 1930.
Gentílico: barra-cordense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Barra do Corda, pela lei provincial nº 368, de de 24-07-1854, subordinado ao município de Chapada.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Barra do Corda, pela lei provincial nº 342, de 31-05-1854, desmembrado de Chapada. Sede na atual vila de Barra do Corda. Instalado em 28-05-1854.
Pela lei municipal de 06-06-1896, é criado o distrito de Curador e anexado ao município de Barra do Corda.
Pela lei municipal de 09-06-1907. São criados os distritos de Axixá, Leandro e Papagaio e anexados ao município de Barra do Corda.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de 5 distritos: Barra do Corda, Curador, Axixá, Leandro e Papagaio.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído do distrito sede. Não figurando os distritos da divisão de 1911.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído 2 distritos: Barra do Corda e Curador.
Pelo decreto-lei estadual nº 820, de 31-12-1943, desmembrado de Barra do Corda o distrito de Curador. Elevado à categoria de município.
No quadro fixado, para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído do distrito sede.
Pela lei estadual nº 269, de 31-12-1948, são criados os distrito de Boa Esperança do Mearim, Leandro, Papagaio e Resplandes e anexados ao município de Barra do Corda.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município de Barra do Corda é constituído de 5 distritos: Barra do Corda, Boa Esperança do Mearim, Leandro, Papagaio e Replandes.
Pela lei estadual nº 1139, de 27-04-1954, desmembra do município de Barra do Corda o distrito de Boa Esperança do Mearim. Elevado à categoria de município com a denominação de Esperantinópolis.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 4 distritos: Barra do Corda, Leandro, Papagaio e Resplandes.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 17-I-1991.
Pela lei estadual nº 6201, de 10-11-1994, desmembra do município de Barra do Corda o distrito de Resplandes. Elevado à categoria de município com a denominação de Fernando Falcão.
Em divisão territorial datada de 15-VII-1997, o município é constituído de 2 distritos: Barra do Corda e Papagaio.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Fonte:IBGE
MUNICÍPIO DE BARRA DO CORDA
Lei nº 269 de 31 de Dezembro de 1948
a) Limites Municipais:
1 – Com o Município de GRAJAÚ:
Começa no lugar do marco, à cabeceira mais alta do rio Alpercatas; segue por um alinhamento reto à cabeceira mais alta do rio Capim ou Corda, localmente conhecido por Buriti Novo, daí por outro alinhamento reto ao lugar do marco, à cabeceira mais alta do rio Enjeitado; continua pelo talvegue desse rio a jusante, até sua foz à margem direita do rio Mearim; segue por um alinhamento reto, com o azimute de 30º noroeste, até o lugar do marco, no divisor de águas Mearim-Grajau; e por esse divisor em direção nordeste até o lugar do marco, na sua interseção com o paralelo da foz do rio Flores.
2 – Com o Município de PEDREIRAS:
Começa no lugar do marco, na interseção do divisor de águas Mearim-Grajau com o paralelo da foz do rio Flores; segue por esse paralelo, em direção leste, até a foz do rio Flores, à margem direita do rio Mearim.
3 – Com o Município de PRESIDENTE DUTRA:
Começa na foz do rio Flores, à margem direita do rio Mearim; segue pelo rio Flores à montante, até a sua nascente mais alta; daí por um alinhamento reto à cabeceira mais alta do rio Maravilha; continua pelo curso desse rio à jusante, até sua foz à margem esquerda do rio Alpercatas.
4 – Com o Município de MIRADOR:
Começa na foz do rio Maravilha, afluente da margem esquerda do rio Alpercatas; segue pelo talvegue deste rio à montante, até sua cabeceira mais alta.
b) Divisas Interdistritais:
1 – Entre os distritos de BARRA DO CORDA e BOA ESPERANÇA DO MEARIM ( ex-povoado de Boa Esperança):
Começa no lugar do marco, à margem esquerda do rio Flores; segue pelo limite nordeste da colônia agrícola nacional do Maranhão, atravessando o rio Mearim próximo da localidade de Pedrinhas, e continuando, até alcançar o lugar do marco, no divisor de águas Mearim-Grajau.
2 – Entre os distritos de BARRA DO CORDA e LEANDRO:
Começa na barra do rio Bacuri, à margem esquerda do rio Flores; segue pelo curso desse ribeiro à montante, até sua cabeceira mais alta, e daí por um alinhamento reto ao canto norte das terras dos índios Canelas, continua pelo limite noroeste das referidas terras até alcançar o rio Santo Estevão.
3 – Entre os distritos de BARRA DO CORDA e PAPAGAIO:
Começa no canto oeste das terras dos índios Canelas, no rio Santo Estevão; segue por uma reta ao pontilhão da estrada carroçável Barra do Corda-Carolina, sobre o rio Pau Gosso; daí por outro alinhamento ao lugar do marco, à foz do rio Papagaio, a margem direita do rio Corda; continua pelo talvegue do rio Corda a montante, até a foz do Riacho Fundo; daí pelo talvegue deste à montante, até sua cabeceira mais alta e prossegue até a cumiada da Serra do Alpercatas, divisor entre os rios Mearim e Itapecuru.
4 – Entre os distritos de BARRA DO CORDA e RESPLANDES ( ex- povoado de Jenipapo dos Resplandes):
Começa na cumiada da serra do Alpercatas, divisor entre os rios Mearim e Itapecuru, defronte a cabeceira mais alta do riacho Fundo; segue por este divisor até defrontar a cabeceira mais alta do rio Corda ou Capim, ai localmente conhecido Buriti Novo.
5 – Entre os distritos de RESPLANDES E LEANDRO:
Começa no divisor de águas Mearim-Itapecuru, entre os rios Flores e Maravilha; segue pelo referido divisor, até sua interseção pela linha periférica oeste das terras dos índios Canelas.
6 – Entre os distritos de RESPLANDES e PAPAGAIO:
Começa na interseção do divisor de águas Mearim-Itapecuru pela linha periférica ocidental de terras dos índios Canelas, segue pelo referido divisor, ai chamado de serra do Alpercatas, até defrontar a cabeceira mais alta do riacho Fundo.
7 - Entre os distritos de LEANDRO E PAPAGAIO:
Começa na interseção do divisor Mearim-Itapecuru pela linha periférica oeste das terras dos índios Canelas; segue por esta linha até o canto oeste das mesmas terras, no rio Santo Estevão.
Este texto não substitui o original publicado em imprensa oficial.
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